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sexta-feira, 17 de junho de 2022

FAZER MISSÃO É MUITO MAIS

 

Fazer missão é mais do que amar de emoção

É mais do que orar por um missionário

E chorar pelas almas perdidas...


É mais do que mandar ofertas todo mês

É mais do que escrever uma carta de vez em quando

Ou mandar um bom dia e pequenos vídeos para o missionário...


Fazer missão é compreender que ela não é tarefa do missionário sozinho

E que ele não passa de um agente e um representante da Igreja

Um enviado do Corpo de Cristo e de cada membro individualmente


Fazer missão é alcançar mais longe através do missionário

E ir obedecer ao Ide às nações que pesa sobre todos nós

Fazer missão é tarefa da Igreja e de cada um dos seus membros


Fazer missão é ordem do Senhor Jesus, 

o Seu último mandamento enquanto nesta terra!

Ela não é opção ou desejo de alguns mais apaixonados pela obra!


Fazer missão é compreender que ela não se faz sozinho

Que é trabalho de equipe! Ninguém dá conta sozinho!

O missionário precisa de casa, de amor, de sustento e de carinho


Ele precisa de companhia, de amigos, de família na fé

O missionário precisa sentir que ele não está separado do Corpo

E que é membro ativo e participante apesar da distância


O missionário precisa ser informado dos programas da igreja

Das suas vitórias e lutas, e isso não somente pelas redes sociais

Ou quando ele assiste a algum culto online


Ele chora pelos que da sua igreja se vão...

Ele ora pelos que estão sofrendo e doentes...

Ele aconselha os que precisam de uma palavra...


Ele faz muito mais missão no seu país de origem

Do que alguns possam imaginar

Ele continua atuante no Corpo, apesar de toda a distância aparente...


Se você não se importa se o seu missionário está bem ou não

Nunca lhe pede notícias de como está com a sua família

E se está tendo o suficiente para sobreviver


Se somente se interessa pela obra que ele está fazendo no campo

E pelas almas que ele está ganhando

Sem se preocupar com a alma do missionário


Se você não conhece o coração de um missionário

As lutas pessoais, emocionais, espirituais e familiares

Pelas quais ele está passando no campo


Provavelmente você está ainda pensando que fazer missão

É apenas orar no seu canto e mandar uma oferta esporádica

Para cumprir o Ide de Jesus


Imagine por um momento um sócio ou membro da sua equipe de trabalho

Que você nunca vê, nunca procura e nunca liga para ele,

E quando ele lhe manda notícias, você não responde


Às vezes você manda um coraçãozinho ou um "like"

Sem saber de fato o que está acontecendo no dia-a-dia dele

Porque você não tem tempo para isso, a vida é corrida


Então você só espera os seus relatórios de como vai o trabalho

As belas e exóticas fotos dos eventos

Ou os números que representam os seus êxitos


Será que este trabalho de equipe avança realmente bem?

Será que todos estão cumprindo o seu propósito e papel?

Será que está sendo realmente um trabalho de equipe?


Igreja do Senhor, somos Igreja do Senhor!

Cuide para não extirpar o missionário da sua comunhão!

Cuide para que ele não se sinta um membro à parte do Corpo!


Cuide para que jamais a Missão seja sentida como sua tarefa particular.

E que o missionário esteja tão presente na vida e na comunhão da Igreja

Que nunca mais ele se sinta tão só


Fazer missão é tudo isso junto, e um pouquinho mais...

Visitas ao campo

Pastoreio pessoal


Amizade sincera e real

Oração e conversa ao menos virtual

Comunhão profunda em tempo real


Façamos missões como equipe

É na nossa unidade que o mundo reconhecerá que Ele nos enviou.

Que Deus abençoe a Igreja nesta empreitada missionária transcultural


Que a Igreja se envolva mais

E que vibre mais

E que participe ativamente da obra missionária


Só assim poderá colher juntamente com seus missionários 

Os frutos preciosos e eternos

Das maravilhas que Deus está fazendo entre as nações!


Vildene Ndecky






terça-feira, 31 de maio de 2022

AS MISSÕES E OS SEUS DESAFIOS - O desafio cultural - I

 

O DESAFIO CULTURAL 

I. A GAIOLA CULTURAL

A cultura de um povo é como uma gaiola na qual ele se encontra. Essa gaiola não somente o define como um povo X, mas também determina o seu comportamento, as leis, regras, normas e valores sociais, morais e religiosos, os conhecimentos, as crenças, a arte, os usos e costumes, os hábitos, as capacidades e as regras de comunicação. Quando um indivíduo não respeita a cultura e o seu  jeito de comportar-se não se afina com o que a cultura determina, ele é discriminado e mal visto pela sociedade local. A cultura é algo intrínseco, não dito nem discutido. Desde crianças, aprendemos o que se deve ou não se deve fazer, o que é certo e o que é errado, e o que é aceitável ou não dentro dos padrões da nossa cultura.

Antes de começar a discorrer sobre a cultura, é importante dizer que há variação nas regras, dependendo do lugar, da etnia, do grau de educação, do contato com o exterior ou com o branco, etc. Portanto, falarei da cultura senegalesa de modo geral e tradicional. Os senegaleses que assistem televisão e cinema normalmente aprendem muito da cultura ocidental, e quando estão com os estrangeiros, comportam-se de maneira diferente, quebrando algumas normas culturais sem constrangimento. Mas isso não significa que com os seus compatriotas, eles fariam a mesma coisa. Assim, os missionários que querem aprender como comportar-se corretamente na cultura local, devem antes observar como os nacionais, e mais especificamente os grupos étnicos, se comportam entre si e nos seus relacionamentos um com o outro dentro da sua própria etnia ou com pessoas das outras.

Quando o missionário chega ao campo, ele carrega toda a sua cultura de origem dentro dele, e isso muitas vezes inconscientemente. Por exemplo, quando cheguei, estranhei que usassem a vassoura sem cabo. Julguei quase como uma falta de inteligência dos nacionais em não colocar cabo na vassoura! Via mulheres varrendo uma casa enorme e um pátrio inteiro curvadas e sem dobrar os joelhos! Ficava impressionada com isso, e sobretudo preocupada com suas colunas vertebrais! Eu vivia dizendo para meu esposo (de cultura senegalesa): "Cuidado, meu bem! Você vai machucar a coluna!" Ele só me observava, sem responder. Mas, um dia, ele teve coragem de confrontar-me: "Você conhece um senegalês que sente dor de coluna?" De fato, eu já tinha quase 10 anos no Senegal, e me dei conta que nunca tinha ouvido uma queixa de ninguém quanto a isso! Então respondi: "Não." E ele retrucou: "Engraçado! Quase todos os brasileiros que conheço têm problema de coluna!" Foi o suficiente para cair a ficha. Julgamos rapidamente a cultura estrangeira segundo a nossa. É como se ficamos dentro da nossa gaiola, pensando que os que estão na outra são menos felizes, corretos e inteligentes, que sentem as mesmas coisas que nós. Isso é insensato da nossa parte. O missionário necessita desesperadamente sair, se desapegar da sua gaiola cultural e entrar de cabeça na gaiola estrangeira, para que aprenda a outra cultura sem compará-la inutilmente com a sua. Mesmo porque esse tipo de comparação não leva a nada, uma vez que o missionário já está, querendo ou não, na gaiola alheia. 

Geralmente, quando o missionário chega ao campo, ele conhece muito pouco ou quase nada a  respeito da cultura local do povo com o qual vai trabalhar. Por isso, é tão necessário observar com detalhe as pessoas em suas relações com outros nacionais, com suas famílias, seus filhos, sua forma de agir e de reagir, de se vestir, de se comportar e de se comunicar entre gêneros e gerações, tomando nota de tudo para não esquecer e fazendo perguntas tanto aos missionários veteranos quanto ao próprio povo local. Mesmo quando for mandar fazer ou comprar uma roupa, é necessário perguntar se aquele modelo condiz com sua idade, para não correr o risco do ridículo. Essas coisas podem parecer tão óbvias na nossa própria cultura, mas estão longe de ser, quando estamos vivendo numa cultura estrangeira. É preciso tudo questionar e perguntar sempre a um nativo antes de fazer ou vestir algo, para não cometer erros drásticos, como o caso de uma missionária que amarrou um tecido usado como lingerie íntima na cabeça, pensando que era um lenço, e outra que coloca salto com  "pagne" (tipo de pareô com tecidos coloridos) e blusa por dentro, e vai  para a igreja assim, sem nem imaginar que está usando uma roupa de trabalhar em casa ou ir à feira, que a camiseta se usa por fora e que se usa chinelo como acessório. Já passei pela triste experiência de homens reclamando que esqueci os brincos (inadmissível na cultura africana em geral) e outros que minha tornozeleira não era compatível com minha moralidade (A tornezeleira no Senegal é usada por mulheres de moral duvidosa). Tive que aprender a usar brincos todo o tempo e ter sempre um par deles na bolsa para nunca esquecer! E claro, renunciar às minhas tornezeleiras tão amadas... É preciso tudo reaprender! Inclusive como se vestir apropriadamente, segundo as situações sociais.

NUMA OUTRA CULTURA, É PRECISO COMEÇAR DO ZERO E REAPRENDER A VIVER

Quando eu cheguei ao Senegal e comecei a visitar lugares e ver o povo, depois de alguns dias eu disse para mim mesma: Esse povo é um pouco diferente na aparência, mas por dentro, eles são iguais a nós, os latinos: alegres, brincalhões, risonhos, e gostam de festejar. Mas, com o passar do tempo, fui percebendo as regras sociais e os valores culturais, alguns tão antagônicos aos nossos que cheguei à conclusão de que os senegaleses eram totalmente diferentes (desde a moda exterior, o gosto pela mistura de cores fortes, até a cosmovisão (a maneira de pensar, os valores, a cultura, a religiosidade, etc.), e que eu teria que me esforçar para compreender não somente as suas ações e reações, mas também as suas motivações e porquês. 

O choque cultural é inevitável. E com ele vem o sentimento de nada saber, de não conseguir, de frustração, de incapacidade, e até mesmo de rejeição da nova cultura. É um momento extremamente delicado, mas tão necessário na vida de cada missionário. Dele dependerá o seu futuro no campo. É preciso atravessar o choque cultural de maneira madura, lidando com esses sentimentos com muita oração e busca do Senhor. Lembro-me ainda de, nos meus primeiros tempos no Senegal, dormir de frente para as minhas malas, e de cada dia, ao deitar-me, chorar muito na minha solidão como solteira, e com o desejo de abandonar o campo e voltar para o Brasil. É muito difícil. É muito diferente também de alguém que deixe seu país de origem com objetivos turísticos, de trabalho ou financeiros, embora também sofram bastante no país estrangeiro. Nesse caso, não haveria tanta necessidade de integração cultural. Mas para os missionários, é essencial que se integrem, de outra maneira passariam toda a sua vida infelizes e rabugentos no campo, sempre pensando "nas cebolas do Egito" (risos), na goiabada, na picanha, no cuscuz, no acarajé, enfim, nas delícias que deixou para trás, no conforto que perdeu, na facilidade da vida no seu próprio país e em tantas outras coisas... Esse seria o fracasso total da missão. Pois, como seria um missionário sempre saudoso, triste, reclamador, eternamente nostálgico da sua terra, da sua comida e do seu povo? Que mensagem divina ele conseguiria transmitir a respeito da paz, da satisfação que Cristo dá e da alegria da salvação em Cristo?

De fato, sem essa compreensão profunda, o missionário não consegue penetrar na nova cultura. Assim, quando o missionário chega ao campo, ele sente-se como um bebê indefeso: não sabe falar nem ler nas línguas locais, não entende o que o povo fala, não pode ser independente como na sua terra, não sabe resolver nada nem se comportar corretamente. É preciso começar do zero, pedir conselhos e ter muita humildade  para aprender a viver numa cultura diferente, sobretudo quando se quer ter um relacionamento mais profundo com o povo nativo, com o objetivo de levar o evangelho de uma maneira que lhes seja aceitável e que observe tanto quanto possível as normas e tradições culturais do país. Por isso, é primordial que o missionário faça este mergulho na cultura local (começando pela língua), esforçando-se para sair drasticamente da sua gaiola cultural e entrar na nova, de modo a aprender uma outra maneira de viver e aceitá-la sem julgamentos baseados na sua cultura de origem. Isso não significa que ele rejeitará a sua própria cultura, mas que deverá desapegar-se dela temporariamente para melhor adaptar-se à cultura do campo onde trabalha. 

A missão é feita de muita renúncia. É importantíssimo que o missionário renuncie a si mesmo por amor a Cristo, Aquele que se despiu de toda a Sua glória celeste para "tabernacular" entre nós e nos salvar. Foi perfeitamente judeu, embora tenha muitas vezes confrontado a hipocrisia da religiosidade vã dos fariseus. O  missionário não vem para julgar, criticar ou condenar a maneira de viver de um povo diferente do seu, mas amá-lo, abraçá-lo, e tornar-se um com ele. Só assim, terá liberdade para compartilhar seu testemunho e o evangelho de maneira eficiente e eficaz.

QUERIDA IGREJA, CLAME PELOS MISSIONÁRIOS!

- Ore para que os missionários consigam vencer o choque cultural de uma maneira sadia, física e emocionalmente;

- Ore para que Deus lhes dê a graça de aceitar a nova cultura sem julgamentos e preconceitos;

- Ore para que Deus os ajude a sair da sua gaiola cultural e mergulhar no campo, tendo uma forte integração com a nova cultura, para que possam fazer amizades através das quais poderão testemunhar melhor;

- Ore para que Deus lhes dê sabedoria no lidar com a cultura diferente, para serem justos, humildes e amarem de todo o coração o povo para o qual Deus os chamou;

- Ore para que Deus lhes dê força, motivação e facilidade para aprender as línguas locais;

- Ore para que se adaptem rápida e alegremente à cultura do campo, com muita graça divina!




quarta-feira, 25 de maio de 2022

QUANDO TUDO PARECE DAR CERTO

 

Quando tudo parece dar certo,

Estou correndo um grande perigo:

O perigo de achar que é por minha causa,

É por minha força,

É por meu saber e minha capacidade.

Quando tudo parece dar certo,

Eu me sinto seguro de mim,

E isso me faz vulnerável.

A felicidade arrisca de me levar

Para mais longe de Deus;

O sucesso profissional arrisca de tomar

Meu tempo com Deus

E com minha família.

Quando tudo parece dar certo,

Tenho dificuldade de orar,

Tenho dificuldade de jejuar e clamar,

E gosto mais de festejar.

Quando tudo parece dar certo,

Deus pode perder o brilho

No meio de novas luzes

Que me sorriem no caminho.

Quando tudo parece dar certo,

O orgulho pode chegar de mansinho,

E eu desprezar o fraquinho,

E achar que sou todo-poderoso.

Quando tudo parece dar certo,

A igreja passa ao segundo plano,

O casamento se fragiliza,

Porque um pode estar ficando para trás.

Quando tudo parece dar certo,

Eu esqueço a tristeza,

Dos que choram, do sofrimento,

Da doença, do luto, da perda.

Quando tudo parece dar certo,

Eu me torno às vezes menos humano,

Menos sensível ao pranto,

E menos empático com quem fracassou.

Quando tudo parece dar certo,

Eu vejo a vida em rosa,

Sentado numa pequena nuvem,

Ou sentindo a brisa do mar.

Quando tudo parece dar certo,

Eu preciso cuidar mais

Do meu coração falaz

E pronto a me enganar,

Com a ilusão do poder,

Com a vaidade da glória humana,

Com a altivez da sabedoria humana,

Com a visão da marca do carro,

Com o cheiro do perfume mais caro,

E com a superficialidade do que é efêmero.

Quando tudo parece dar certo,

Eu posso me perder de Deus,

Eu posso me perder dos meus,

Eu posso me perder de mim.

Quando tudo parece dar certo,

Preciso prestar atenção

Em levantar o caído,

Socorrer o desvalido,

E dar a mão ao mais fraco.

Quando tudo parece dar certo,

Que eu não deixe de me lembrar

Que tudo que tenho vem de Deus,

Minha família vem de Deus,

E o meu sucesso vem de Deus.

Quando tudo parece dar certo,

Que eu não deixe de refletir

Que sem Deus eu não sou nada,

Sou um passageiro na estrada,

Sem futuro e sem rumo.

Quando tudo parece dar certo,

Que eu não deixe de me assegurar

Que só com Deus eu sou tudo,

Sou peregrino no mundo,

Minha pátria está no céu.


TESTEMUNHO MG

 

Queridos intercessores e mantenedores,

Compartilho convosco uma linda história, o testemunho de um jovem que teve sua vida transformada, e conheceu Emanuel através do projeto PR. Hoje está fazendo seminário e trabalhando na obra, para a glória do Senhor.

Eu os saúdo com a paz, irmãos. Eu me chamo MG.

Quero falar um pouco sobre o meu testemunho.

Antes de conhecer Emanuel, eu vivia na rua, passando muitas dificuldades.

Naquele tempo, eu não tinha nenhuma esperança,

Eu não tinha nenhum relacionamento com o Pai.

Eu estava muito distante Dele, eu não O louvava.

Eu perseverava na vida nas minhas próprias forças ou me virando como podia.

Mas na verdade, eu estava longe de Dele.

Mas, eu me encontrei com JC num centro cujos responsáveis eram

Aïssatu e JN. Eram os dois que ficavam lá.

Depois que eles me acolheram no centro, assim, foi lá que eu estudei a Palavra de Deus

Até me encontrar com Emanuel e entregar minha vida a Ele.

Assim, Ele transformou minha vida mais e mais

E foi Sua Palavra que transformou meu coração.

E agora, eu trabalho para Ele em missões.

Eu trabalho com os talibés, na cidade e nas vilas, com os programas de estudos da Palavra.

Eu e estou muito contente com isso e agradeço muito a Deus.

TESTEMUNHO YS

 

Queridos intercessores e mantenedores do projeto Pèrolas do Rei,

Gostaria de compartilhar o testemunho de YS, um dos garotos que participaram do programa do projeto Pérolas do Rei. Louvo a Deus por cada testemunho e rendo glórias a Ele somente por cada vida transformada através do projeto. Eis aqui a tradução do testemunho em português. Abaixo está o original em francês:


 É graças a ela que nós saímos da rua. Ela nos fez conhecer quem nós somos. É por causa dela que nós nos tornamos homens. É por causa dela que nos tornamos pais e homens casados. Realmente, ela fez muitas coisas por nós. Longa vida a ti, nossa mamãe. Obrigado. 


C'est grâce à elle qu'on a sorti dans la rue elle nous a fait connaître qui nous sommes c'est à cause d'elle qu'on est devenus des hommes à cause d'elle connaît devenu des parents on est devenus des hommes mariés vraiment elle a beaucoup fait des choses pour nous longue vie à toi notre maman merci .


Irmãos, de fato é graças a Deus! Compartilho também o que respondi a YS quando testemunhou:


Y.S., louvado seja Deus, nosso Senhor. É Ele Quem os amou primeiro! Foi Deus Quem fez tudo isso em suas vidas. Foi Deus Quem me chamou para vir ajudá-los em suas lutas. Foi Ele Quem me deu a graça de obedecer à Sua voz, apesar das minhas fraquezas como ser humano, e foi Ele Quem me permitiu perseverar no Seu trabalho até hoje. É Deus que os ama mais, e só Ele pode fortalecê-los, abençoá-los e lhes dar tudo de que precisam. Ele somente é digno de honra, de gratidão, de glória e de louvor para sempre. Obrigada, meu filho. Que Deus faça com que você siga mais e mais o Caminho e persevere nesta vida nova. Saudade de vocês todos!


Y.S., cant ñeel na Yàlla sunu Boroom. Moo leen jëkk a bëgg. Yàlla a tax loolu yépp am ci seen dund. Moo ma woo ma ñëw jàpple leen ci seen coono. Yàlla moo ma may yiw ngir ma déggal baatam, doonte dama néew doole ni doomu Aadama, te moo def ba ma mën a góorgóorlu ci liggéeyam ba tey. Yàlla moo leen gën a bëgg, te Moom rekk moo leen mën a dëggëral, barkeel te may leen lépp li ngeen soxla. Moom rekk moo yelloo cant, ngërëm, ndam ak màggaay gi ba fàww. Jërëjëf, sama doom. Yàl nga topp Yoon wi bu baax-a-baax tey góorgóorlu ci dund gu bees gi. Nàmm naa leen, yéen ñépp. (texto em wolof, língua nacional senegalesa)



DEUS SEJA LOUVADO PARA SEMPRE POR CADA VIDA TRANSFORMADA POR ELE ATRAVÉS DO PROJETO PÉROLAS DO REI EM PARCERIA COM A IGREJA E NOSSA APMT. A DEUS TODA A GLÓRIA SEMPRE!






quinta-feira, 19 de maio de 2022

OS PERIGOS DO "EU NÃO AGUENTO MAIS"

 

“Eu não aguento mais” – esta vida – este tédio – esta solidão – este desaforo – esta indiferença – esta cara – este posto – esta pessoa - esta relação – este trabalho – esta família – este filho – este marido – esta esposa – esta enfermidade – esta dor – esta indecisão – esta espera – esta situação. Qualquer que seja a situação na qual estivermos vivendo este sentimento, estamos correndo perigo! 

O perigo iminente de tudo destruir. Destruir o plano divino na nossa vida, destruir a esperança e a paciência tão necessárias para que as coisas se resolvam e nós cresçamos e melhoremos como pessoa, Destruir os relacionamentos mais profundos e importantes para nós, destruir a nossa família. Destruir o plano que Deus traçou para nos fazer chegar lá onde queremos. Destruir tudo que Deus tem em reserva para nós. A Palavra diz que é na paciência que possuímos as nossas almas (Lc 21:19)! Ora, se a perdermos, perdemos tudo. E depois nos restará tentar ajuntar os cacos do vaso precioso que quebramos às vezes sem nunca mais podermos restaurá-lo ao estado de antes.

O perigo de seguir o nosso caminho e nos perder de Deus, da comunhão com Deus e até mesmo da comunhão com a igreja. Quando escolhemos seguir o nosso caminho, abandonamos para trás Deus, a Sua Palavra, o Seu plano, e os que caminhavam conosco e faziam parte integral na nossa vida. E aí vem a solidão, o sentimento de abandono, de revolta e de perda do sentido da vida. O nosso próprio caminho nos levará enfim para bem longe do caminho de Deus e daquilo que Ele tem para nós.

O perigo de dar as costas a Deus e à Sua Palavra, tentando justificar o pecado e a não obediência à vontade de Deus pelas circunstâncias que se apresentam diante de nós às vezes tomando proporções gigantescas na nossa mente, e nos fazendo falsamente pensar que é o fim, que não há mais o que fazer, que as coisas nunca vão mudar e que estamos condenados a ser infelizes para sempre se continuarmos na situação. É como se de repente, a dor é tão grande que nos esquecemos que foi Ele, nosso Pai que permitiu que estejamos naquela situação específica por uma razão que no momento desconhecemos, mas como Ele disse que nunca nos daria uma provação por demais dura ao ponto de não podermos suportá-la, então o que nos resta é confiar n’Ele e no Seu agir silencioso mas real.  Esquecemos que Ele disse que a Sua vontade é boa, agradável e perfeita. De fato, quando o Inimigo nos engana, fazendo-nos crer que nosso sofrimento é além das nossas forças, e então agimos precipitadamente, finalmente nos encontramos longe de Deus, embora quando estamos desviados, exista a ilusão de que Jesus continua conosco da mesma maneira, que nós não O abandonamos e que a nossa vida cristã segue seu curso normal; a ilusão de que afinal Deus nos perdoou por agir assim, porque Ele viu o quanto estávamos sofrendo, e não tivemos outra escolha. Esquecemos que a Palavra declara que há bênçãos que seguem a obediência e maldições que seguem a desobediência (Deut. 29).

É impressionante como pessoas vivendo numa situação de pecado têm a ilusão de que o relacionamento delas com Deus continua o mesmo porque elas continuam orando ou lendo a Bíblia, de que Deus entendeu as circunstâncias e como é um Deus de amor e de graça, Ele as perdoa por não seguirem o caminho da obediência que Ele ordenou na Bíblia. Há pessoas que pensam que a Bíblia só pode ser seguida quando der, quando não for tão difícil e quando não tivermos que enfrentar tanta dor, tribulações ou perdas. Finalmente, na cabeça de algumas pessoas todo pecado é escusado, diminuído e atenuado pelas circunstâncias difíceis que estão a atravessar, e Deus tem que entender que nem sempre dá para seguirmos o que Ele nos ensinou na Palavra. Dessa maneira, hoje encontramos cristãos fazendo todo tipo de loucura. Eles se acham cobertos de razão: “As circunstâncias me forçaram a isso”, pensam. “Deus concordou em abrir uma exceção para mim e me abençoar, mesmo não tendo seguido o que diz a Palavra”.

Há muita gente brincando com Deus. Brincando de ser cristão. Obedecendo parcialmente. Orando de maneira rasa. Vivendo de maneira supérflua. Pecando sem arrependimento. Vivendo uma fé sem compromisso com a verdade, com a pureza, com a Palavra, com a justiça, com a honestidade, com a santidade, com Deus. O Eterno para essas pessoas não passa de um Deus bonzinho e compreensivo, cheio de amor, de paciência, de graça, que não julga, não condena, e entende quando as circunstâncias as levaram a desobedecer-Lhe. Assim, podem continuar a viver como querem, e insistindo em dizer que são cristãos. Elas participam da igreja, dos louvores, das festas, dos eventos e até mesmo das reuniões de oração. Mas no fundo, estão longe de Deus. Elas estão cegas em pensar que não, mas estão.

Quando se é cristão verdadeiro, se deve aguentar, sofrer o dano e a injustiça (I Cor 6:7), perdoar (Mc 11:25), andar a segunda milha (Mt 5:41), resistir (I Pe 5:9; Tiago 4:7), perseverar (Rm 12:12; Cl 4:2), suportar em amor e tolerar (I Cor 13:7; Tiago 1:12), esperar o agir de Deus (Sl 27:14; 33:20; 37:7; 37:34; 42:5,11; 43:5; 62:1,5; Pv 20:22; Is 64:4; Os 12:6; I Cor 13:7), renunciar e negar-se a si mesmo (Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 14:33); confia em Deus em todas as circunstâncias (Sl 21:7; 32:10; 34:8; 37:3,5; 57:1; 86:2; 115:9,10; Pv 3:5; 16:3, 20; Pv 28:25, 26; 29:25; Is 26:3), aceitar que só Deus pode mudar uma pessoa (I Cor 13:7), se humilhar (Tg 4:10; I Pe 5:6), ter paciência (I Ts 5:14; Rm 12:12; Tg 5:7,8), ter esperança e crer no agir de Deus no tempo de Deus e segundo a vontade de Deus (Jó 14:7; Sl 39:7; Sl 62:5; 71:5; 146:5; Pv 3:26; 23:18; 24:14; Jr 18:12; 31:17; Lam 3:26; Rm 4:18; 5:4,5; 12:12; 15:13; I Cor 13:13; Gl 5:5). Não se vende por dinheiro nem por um posto (I Tm 2:2; Is 33:15; Rm 13:13; I Ts 4:12; Hb 13:18). Não mente, não engana, não trai a confiança do outro (Cl 3:9: Tg 3:14), não derruba ninguém para subir (I Cor 13:5). O cristão verdadeiro é morto para si mesmo e para a vontade da carne, porque a crucificou com Cristo (Rm 6:6; Gl 2:20; 6:14). Não tem mais querer (Sl 40:8; 143:10; Mt 6:10; 7:21; Mt 10:29; 12:50; 26:42; Lc 11:2; Lc 12:47; Jo 5:30; 6:38; At 21:14; Rm 12:2; II Cor 12:9; Ef 2:3;  5:17; 6:6; Fp 2:13; I Ts 4:3; Hb 10:36; 13:21; I Pe 2:15; 3:17;  4:2,3,19; I Jo 2:17; I Jo 5:14). Já calou o seu orgulho e a arrogância (Pv 8:13; Is 2:17; 13:11. Pv 6:16; 21:4; 28:25). Não tem outro caminho senão o da cruz (Rm 6:6; Gl 2:20; 6:14). Ele ama, ora e chora pelos seus inimigos e abençoa os que o amaldiçoam (Mt 5:44; Lc 6:27;35). Clama. Chora. Quebranta-se. Apega-se com Deus e com a Sua Palavra até à morte e custe o que custar (Mt 10:24,25; Lc 14:26,27,33; Ap 2:10).

A obediência à Palavra de Deus custa muito caro. Nos países muçulmanos, na China e alguns outros lugares, pode inclusive custar a própria vida. A obediência à Palavra de Deus é a marca indelével do verdadeiro cristão, a prova dos nove da fé e o carimbo da sua autenticidade, o testemunho que impacta o mundo e o que faz a diferença entre o joio e o trigo.

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terça-feira, 17 de maio de 2022

OS TEMPLOS-PALCO DA GLÓRIA HUMANA


Muitos ditos seguidores do Cristianismo e da Bíblia têm perdido a sua essência atualmente. Os púlpitos que antes eram lugares onde a Palavra de Deus poderosa e transformadora era ministrada com muito quebrantamento, oração e autoridade da parte de Deus levando a Igreja a se aproximar mais de Deus e se arrepender dos maus caminhos têm dado lugar a uma nova tendência atual: os templos-palco.

Nesses templos, o líder  ou condutor do trabalho é o artista principal cheio de autoridade e fama (Ai de quem contrariar!), com participações especiais de bandas de louvor gospel e de grupos de coreografia no show causando sérias dificuldades de concentração na adoração para alguns. Ali se pula, se grita, se dança, se faz trejeitos, rodopios, respirações ofegantes e até mesmo piadas frívolas visando fazer a plateia rir e se descontrair, e o ambiente se tornar mais agradável e convidativo. Ali se profetiza cura, vitória, prosperidade, riqueza, ganho de liderança no trabalho, tudo em nome de Jesus, mas cuidado! Uma boa parte, embora em nome de Jesus, não é o Jesus Senhor, e sim um “Jesus-Servo” que deve “obedecer” à palavra e os gritos do homem com ares de todo-poderoso que está à frente.

E as “ovelhas” os seguem cegamente. Essa categoria de igreja-palco e de líder-artista cheio de poder e  de autoridade de origem duvidosa encheu o meio cristão. E de quem é a culpa? Alguns diriam ser do líder que engana os “coitados ignorantes”. Mas o que parece ser de fato é um espiritualismo com ares de negócios em que alguém vende o produto de que o outro precisa por um preço que o consumidor se sacrifica a pagar, pensando que o produto é bom. E quando o produto não funciona, se diz que ou o utilizador não teve fé, ou não o usou conforme o manual de instruções. De toda maneira, quando o “milagre” não acontece, a culpa sempre recai no consumidor. Todavia, se deixar enganar pela propaganda falsa de produtos e amuletos da fé não escusa ninguém, afinal de contas, cada ser humano tem um cérebro que pensa e julga, é plenamente responsável pelos seus atos e será julgado por suas escolhas tanto perante a lei divina quanto a humana.

Nos templos-palco, o líder se sente na obrigação de agradar o “rebanho”, e acaba fazendo do templo ou espaço cristão um verdadeiro clube de eventos, com programas de todos os tipos para atrair pessoas e fazer aumentar o hall de membros. Tudo vale para atrair a plateia. Para manter essas pessoas na comunidade, começa-se a aceitar ou fazer vistas grossas a toda categoria de comportamento e ação. E a Igreja vai aceitando tudo. E os valores cristãos se vão diluindo. E a Igreja se vai parecendo cada vez mais com o mundo. Hoje, os shows dos púlpitos com líderes usando até mesmo palavrões para atacar os que são contra ele e profetizar maldições sobre os incautos se tem tornado comuns. E o que se diria de aproveitar o púlpito para fazer propaganda política, sem o mínimo respeito à liberdade de voto garantida pela lei e ao tempo de adoração na igreja?

Nesses templos-palco, a atração principal são as mulheres. Os desfiles de moda, apresentando por vezes roupas colantes, transparentes, decotadas, curtas e provocantes, e maquiagens fortes e sensuais está a correr solto nos templos. Paremos para pensar um pouco nos homens cristãos sentados atrás de uma dessas musas. Como conseguem se concentrar na adoração a Deus? Quanto deve ser difícil para os nossos irmãos homens (Embora isso não os escuse se pecarem)! Urge que vozes masculinas cristãs de peso se levantem para falar mais alto a respeito desse tema tão emergente na Igreja.

Além de tudo isso,  a música profana, algumas com letras vergonhosas, chegou firme nos eventos de casamento nos clubes. Antigamente os casamentos eram nos templos, mas depois que apareceram esses espaços sociais (nada contra casamento em clube!), se aproveitou para imitar o mundo, às vezes com danças parecidas com o funk e até mesmo bebidas alcoólicas servidas com a desculpa de agradar os convidados não cristãos.  

Eis algumas questões para reflexão: Por que os templos-palco estão tão cheios? Por que prosperam tanto? Seria porque oferecem o atalho mais curto para a bênção, o milagre, a provisão e a situação difícil? Seria porque oferecem um deus-todo-poderoso-objeto e pronto a responder aos gritos da oração, às declarações de poder e às profecias humanas supostamente baseadas na Palavra, mas que negam a soberania divina e exaltam os homens-deus? Seria porque não se exista mais conversão genuína? Afinal de contas, quem não quer esse “evangelho” cujo seguidor pode ser como quiser, fazer o que quiser, se vestir como quiser, ir aonde quiser, se casar com quem quiser, e Deus o aceita como ele é, o abençoa nos seus próprios planos e desejos e assina embaixo das suas decisões mesmo que não sejam conforme a Bíblia? ... Seria porque se pensa que Deus, sendo um Deus de amor e de bondade, entende e perdoa tudo? Seria porque o universalismo (crença de que todos são salvos, pois, um Deus tão bom assim não mandaria ninguém para o inferno) entrou na Igreja? Seria porque se pensa afinal que um Deus tão gentil não poderia punir alguém que só quer ser feliz seguindo o seu próprio caminho?

A verdade nua e crua é que, no fundo, o conceito de renúncia de si mesmo e da sua própria vontade, do levar a cruz a cada dia e seguir Jesus e a direção da Palavra de Deus, acima de qualquer circunstância ou situação que tenhamos que enfrentar, tem perdido força no meio cristão e ficado longe de alguns púlpitos. O humanismo está a varrer a Igreja. Reflexão é necessária. Mudança é urgente. Acordar é primordial. E como Igreja e Corpo de Cristo, tomar as rédeas da situação e voltar às origens e à essência da doutrina cristã é redentivo. Que Deus tenha misericórdia de nós, Sua Igreja.

#porumcristianismoautêntico

#pelavoltaàsorigens

#temquehaverdiferençaentreaigrejaeomundo

#pelaBíbliaguiandoacimadascircunstâncias

#pormaisobediênciaesubmissãoàPalavra

#abaixoocristianismo-show

#abaixoostemplos-palco

#abaixooshomens-deus

#abaixoosrebanhosmaisseguidoresdehomensdoquedeDeus

 

Ps. O objetivo deste texto não é acusatório. Respeito quem pensa diferente de mim. O objetivo aqui é fazer refletir. Também, o texto não quer dizer que a Igreja não pode ser alegre, que não se pode contar uma piada, que não se pode ter uma linda banda de música sacra, que não se pode se divertir, que as mulheres não se podem maquiar com modéstia, que não se pode ter eventos, que não se pode casar em clubes, que não se pode fazer uma coreografia... Não! Se interpretou assim, entendeu tudo errado... A questão aqui é a motivação, as atitudes... Esta prática é conforme a Palavra de Deus? É para a glória de Deus ou a humana? É a obediência à Palavra que conta ou o número do hall de membros? É o Deus soberano ou o deus-servo que quero seguir? É compromisso com a verdade ou com a conveniência?...Etc. etc...


sábado, 14 de maio de 2022

MISSIONÁRIO - MUTANTE? E.T.? MALUCO? SUPER-HERÓI?

 

O que é um missionário? Perguntei a mim mesmo...

É muito difícil definir o missionário, mas vou tentar...

Vou ver se consigo entendê-lo, para defini-lo melhor...

Talvez lhe perguntando como tudo começou...

- Como se tornou missionário?

- Fui chamado por Deus para missões.

- Como assim? Ele falou com você?

- Creio que sim.

Você ouviu a voz Dele?

- Creio que sim.

- O que Ele lhe disse?

- Não sei ao certo... Mas Ele me disse para deixar tudo e segui-Lo para onde Ele me mostrasse...

- Tem certeza?

- Sim, tenho mais certeza disso do que da minha própria vida.

- E para onde Ele o mandou?

- Pergunta difícil!... Ele só me disse: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura”.

- E aí, como você soube para onde ir?

- Ah! Deus foi conduzindo as coisas... fechando portas... abrindo portas... mostrando contatos... pessoas... agência missionária... necessidades no campo... e quando vi, já estava lá!

- Onde?

- Aonde Deus me mandou!

- Mas você disse que foram circunstâncias que o fizeram chegar lá...

- Exatamente... Ele usa muitas circunstâncias para nos levar para o centro da Sua vontade...

- Entendi...

- E tem mais uma coisa: Quero viver toda a minha vida em missões.

- Ficou maluco? Como assim? E a sua família? E a sua carreira profissional? E a sua casa própria? E a sua aposentadoria?

- É uma questão de vocação... Sinto ser minha missão neste mundo...

- Mas você não ama a sua família que ficou para trás? Não tem saudade?

- Amo demais... e sofro por estar longe dela... Mas isso não me faz querer voltar...

- Mas você não tem vontade de ter conforto, um emprego bem remunerado?

- Sim, tenho. Como você gosta de conforto, eu também!

- E então? Por que não sai do campo e volta para a sua terra?

- É que tenho um trabalho para fazer que o Senhor me mandou, e sou muito feliz por obedecer-Lhe.

- Mas, e a sua aposentadoria? E se não tiver casa própria?

- Se Deus quiser, vou ter tudo isso. Mas agora tenho outras coisas mais importantes a fazer: colaborar com Deus pelo avanço do Seu Reino na terra!

- Ih!  Já vi que você não é normal! Não pensa em dinheiro?

- Sim, claro que penso! Preciso sobreviver! E o projeto missionário custa caro!

- Mas como faz para ter dinheiro?

- Eu oro e compartilho as necessidades missionárias. O resto Deus faz. Eu aprendi a viver com pouco, com muito, com o que Deus me der...

- Mas... como você paga as contas?

- Eu oro, e Deus manda o necessário. Ele disse que sou digno do salário, e que Ele supriria com abundância.

- Mas como Ele vai lhe mandar dinheiro?

- Ele fala com as pessoas e as igrejas em sintonia com Ele para mandarem...

- Missionário, você não tem ambição nenhuma?

- Tenho enormes ambições! Pregar a multidões, um a um... levar vidas arrependidas ao altar de Cristo para salvação... ajudar a povoar o céu de pessoas transformadas pelo evangelho... ver uma igreja avivada cujo coração queima pelas almas e por missões... Alcançar lugares não alcançados com o evangelho... colaborar para o avanço da obra de Deus na terra... Glorificar a Deus com a minha vida!

- Ih! Você está a parecer meio maluco, meio E.T... Tem certeza que você tem os pés no chão?

- Sim, já enfrentei muita dureza, muitas lutas e dificuldades, o suficiente para saber que esse caminho de missões não é nada fácil. Mas, Deus não me deixa desistir. Tenho uma força enorme que vem Dele.

- Você é uma categoria de super-herói? Só pensa nos outros! Só vive para os outros! Não pensa em nada para você?

- Quem dera ser super-herói! Mas não sou não... Fico doente... Tenho desânimo às vezes... Fico machucado com as lutas... às vezes ressentido com a indiferença de alguns... Tenho problemas de família... problemas com filhos... problemas no campo... problemas com a equipe de trabalho... Às vezes dá vontade de parar, de desistir de tudo... Nada tenho de super-herói... Ao contrário, sou tão humano...

- Penso que consigo defini-lo... Você é um mutante tipo Alfa... Parece com humano, mas deve ter poderes extraordinários escondidos para ser assim como é...

- Também não... Não tenho nada disso... Na verdade, sou muito fraco e não tenho poder nenhum... Não tenho poder de mudar as pessoas... de convencer ninguém de que precisa se arrepender para ser salvo... Não tenho poder para curar ninguém... O meu poder está na minha fraqueza... Porque quando sou fraco, dependo de Deus que é forte, e então, Ele faz o extraordinário, o milagre, operando salvação e transformação de vidas...

- Missionário, tem certeza que você é deste planeta, que não é um E.T.?

- Na verdade, pertencemos todos a outra pátria, longe desta terra que você vê. As pessoas não se dão conta disso, e vivem como se fossem ficar aqui para sempre... Os missionários têm uma consciência mais forte de que são peregrinos nesta terra e que, quando a sua missão terminar neste mundo, eles serão acolhidos na Pátria Celeste e recompensados pelo Senhor das missões, para Quem eles trabalharam em parceria com a igreja toda a sua vida. E então será só alegria, festa e felicidade para sempre.

- Missionário, cheguei a uma conclusão: Você é um ser à parte! Não consigo defini-lo! Mas uma coisa você é: as asas da Igreja na terra.


segunda-feira, 9 de maio de 2022

QUANDO TUDO PARECE DAR ERRADO

 

Quando tudo parece dar errado

É hora de respirar fundo

E não levar as coisas pelo lado pessoal.

Quando tudo parece dar errado

É necessário não me ofender e me fechar.

Quando tudo parece dar errado

É necessário sentar e ponderar

E rever passo a passo as etapas.

Quando tudo parece dar errado

É preciso rever as estratégias.

Quando tudo parece dar errado

Eu não posso culpar o outro

É urgente olhar para dentro de mim mesmo

Porque não posso passar a vida

Culpando os outros dos meus próprios fracassos.

Quando tudo parece dar errado

É primordial fazer um auto-julgamento

E achar as razões

Olhar pelo prisma do outro

E rever os pontos em que falhei

Para tentar consertar o mal que causei

E reconstruir o que destruí.

Quando tudo parece dar errado

É essencial me humilhar e pedir perdão

Crucificar o orgulho próprio na cruz de Cristo

E dizer “Eu errei. Perdão”.

Quando tudo parece dar errado

É preciso aceitar que o outro não é obrigado

A me dar uma segunda oportunidade.

Eu preciso sofrer a perda e as consequências

Para aprender que a vida não é do meu jeito

A família não é do meu jeito

Os relacionamentos não são do meu jeito

Nada é do meu jeito.

Quando tudo parece dar errado

Preciso reavaliar as minhas ações e motivações

E pedir perdão a Deus

De ter falado a coisa certa da maneira errada

De ter acusado mais do que amei

De ter ferido mais do que curei

De ter amado mais do que a Deus amei.

Quando tudo parece dar errado

Devo-me lembrar de que

Eu não sou o centro do mundo

Eu não sou o dono da razão

Eu não sou o mais correto nem o melhor

Eu não sou o sabe tudo

Eu não sou a perfeição.

Quando tudo parece dar errado

Devo voltar e secar a lágrima que escorreu

Afagar o machucado que causei

E tentar reconquistar o que perdi.

Quando tudo parece dar errado

Se após ter feito tudo isso,

Nada mudou nem adiantou

Devo sobretudo tomar nota

E me arrepender de fato

Para não errar tudo de novo

E ter que voltar à mesma lição

Dezenas de vezes, sem nunca aprender

Que devo procurar o erro em mim

Que devo amar mais para o outro do que para mim

Que devo viver mais para o outro do que para mim

E que de nada vale a vida sem Deus

Os relacionamentos sem Deus

Aa ações sem Deus

O dinheiro sem Deus

As realizações sem Deus

O sucesso sem Deus

A fama sem Deus

O saber sem Deus

E a vida sem Deus.

Quando tudo parece dar errado

Eu ainda tenho Deus

Mesmo que eu tenha tudo perdido

Eu sempre vou ter Deus.

 

Vildene Almeida Lopes Ndecky

09 de maio de 2022