Muitos ditos seguidores do Cristianismo e da Bíblia têm perdido a sua
essência atualmente. Os púlpitos que antes eram lugares onde a Palavra de
Deus poderosa e transformadora era ministrada com muito quebrantamento, oração
e autoridade da parte de Deus levando a Igreja a se aproximar mais de Deus e se
arrepender dos maus caminhos têm dado lugar a uma nova tendência atual: os
templos-palco.
Nesses
templos, o líder ou condutor do trabalho
é o artista principal cheio de autoridade e fama (Ai de quem contrariar!), com
participações especiais de bandas de louvor gospel e de grupos de coreografia
no show causando sérias dificuldades de concentração na adoração para alguns. Ali
se pula, se grita, se dança, se faz trejeitos, rodopios, respirações ofegantes
e até mesmo piadas frívolas visando fazer a plateia rir e se
descontrair, e o ambiente se tornar mais agradável e convidativo. Ali se
profetiza cura, vitória, prosperidade, riqueza, ganho de liderança no trabalho,
tudo em nome de Jesus, mas cuidado! Uma boa parte, embora em nome de Jesus, não
é o Jesus Senhor, e sim um “Jesus-Servo” que deve “obedecer” à palavra e os gritos
do homem com ares de todo-poderoso que está à frente.
E as “ovelhas”
os seguem cegamente. Essa categoria de igreja-palco e de líder-artista cheio de
poder e de autoridade de origem duvidosa encheu o meio cristão. E de quem é a culpa? Alguns diriam ser do líder que engana os “coitados ignorantes”. Mas o
que parece ser de fato é um espiritualismo com ares de negócios em que alguém vende
o produto de que o outro precisa por um preço que o consumidor se sacrifica a
pagar, pensando que o produto é bom. E quando o produto não funciona, se diz
que ou o utilizador não teve fé, ou não o usou conforme o manual de instruções. De
toda maneira, quando o “milagre” não acontece, a culpa sempre recai no
consumidor. Todavia, se deixar enganar pela propaganda falsa de produtos e
amuletos da fé não escusa ninguém, afinal de contas, cada ser humano tem um
cérebro que pensa e julga, é plenamente responsável pelos seus atos e será
julgado por suas escolhas tanto perante a lei divina quanto a humana.
Nos
templos-palco, o líder se sente na obrigação de agradar o “rebanho”, e acaba fazendo
do templo ou espaço cristão um verdadeiro clube de eventos, com programas de
todos os tipos para atrair pessoas e fazer aumentar o hall de membros. Tudo
vale para atrair a plateia. Para manter essas pessoas na comunidade, começa-se
a aceitar ou fazer vistas grossas a toda categoria de comportamento e ação. E a Igreja
vai aceitando tudo. E os valores cristãos se vão diluindo. E a Igreja se vai
parecendo cada vez mais com o mundo. Hoje, os shows dos púlpitos com líderes usando
até mesmo palavrões para atacar os que são contra ele e profetizar maldições sobre
os incautos se tem tornado comuns. E o que se diria de aproveitar o púlpito
para fazer propaganda política, sem o mínimo respeito à liberdade de voto garantida
pela lei e ao tempo de adoração na igreja?
Nesses templos-palco, a atração principal são as mulheres. Os desfiles de moda, apresentando por
vezes roupas colantes, transparentes, decotadas, curtas e provocantes, e maquiagens
fortes e sensuais está a correr solto nos templos. Paremos para pensar
um pouco nos homens cristãos sentados atrás de uma dessas musas. Como conseguem
se concentrar na adoração a Deus? Quanto deve ser difícil para os nossos irmãos
homens (Embora isso não os escuse se pecarem)! Urge que vozes masculinas
cristãs de peso se levantem para falar mais alto a respeito desse tema tão
emergente na Igreja.
Além de
tudo isso, a música profana, algumas com
letras vergonhosas, chegou firme nos eventos de casamento nos clubes. Antigamente
os casamentos eram nos templos, mas depois que apareceram esses espaços sociais
(nada contra casamento em clube!), se aproveitou para imitar o mundo, às vezes com danças
parecidas com o funk e até mesmo bebidas alcoólicas servidas com a desculpa de
agradar os convidados não cristãos.
Eis algumas questões para reflexão: Por que os templos-palco estão tão cheios? Por que
prosperam tanto? Seria porque oferecem o atalho mais curto para a bênção, o
milagre, a provisão e a situação difícil? Seria porque oferecem um deus-todo-poderoso-objeto
e pronto a responder aos gritos da oração, às declarações de poder e às
profecias humanas supostamente baseadas na Palavra, mas que negam a soberania
divina e exaltam os homens-deus? Seria porque não se exista mais conversão genuína? Afinal de contas, quem não quer esse “evangelho”
cujo seguidor pode ser como quiser, fazer o que quiser, se vestir como quiser, ir
aonde quiser, se casar com quem quiser, e Deus o aceita como ele é, o abençoa nos
seus próprios planos e desejos e assina embaixo das suas decisões mesmo que não
sejam conforme a Bíblia? ... Seria porque se pensa que Deus, sendo um Deus
de amor e de bondade, entende e perdoa tudo? Seria porque o
universalismo (crença de que todos são salvos, pois, um Deus tão bom assim não
mandaria ninguém para o inferno) entrou na Igreja? Seria porque se pensa afinal
que um Deus tão gentil não poderia punir alguém que só quer ser feliz
seguindo o seu próprio caminho?
A verdade nua
e crua é que, no fundo, o conceito de renúncia de si mesmo e da sua própria
vontade, do levar a cruz a cada dia e seguir Jesus e a direção da Palavra de
Deus, acima de qualquer circunstância ou situação que tenhamos que enfrentar, tem perdido força no meio
cristão e ficado longe de alguns púlpitos. O humanismo está a varrer a Igreja. Reflexão
é necessária. Mudança é urgente. Acordar é primordial. E como Igreja e Corpo de
Cristo, tomar as rédeas da situação e voltar às origens e à essência da
doutrina cristã é redentivo. Que Deus tenha misericórdia de nós, Sua Igreja.
#porumcristianismoautêntico
#pelavoltaàsorigens
#temquehaverdiferençaentreaigrejaeomundo
#pelaBíbliaguiandoacimadascircunstâncias
#pormaisobediênciaesubmissãoàPalavra
#abaixoocristianismo-show
#abaixoostemplos-palco
#abaixooshomens-deus
#abaixoosrebanhosmaisseguidoresdehomensdoquedeDeus
Ps. O objetivo
deste texto não é acusatório. Respeito quem pensa diferente de mim. O objetivo aqui é fazer refletir. Também, o texto não quer
dizer que a Igreja não pode ser alegre, que não se pode contar uma piada, que não
se pode ter uma linda banda de música sacra, que não se pode se divertir, que
as mulheres não se podem maquiar com modéstia, que não se pode ter eventos, que
não se pode casar em clubes, que não se pode fazer uma coreografia... Não! Se
interpretou assim, entendeu tudo errado... A questão aqui é a motivação, as
atitudes... Esta prática é conforme a Palavra de Deus? É para a glória de Deus ou a humana? É a obediência à Palavra que
conta ou o número do hall de membros? É o Deus soberano ou o deus-servo que quero seguir? É compromisso com
a verdade ou com a conveniência?...Etc. etc...